Entidades do agro esperavam prazo maior para semeadura
Após diversos pedidos e negociações com o governo federal, os estados do Sul obtiveram a alteração no calendário do plantio da soja para a safra 2023/24. No entanto, as mudanças anunciadas pelo governo não atenderam totalmente às demandas solicitadas, afirmam representantes do agronegócio da região.
Nesta sexta-feira (15/9), foi publicada a Portaria nº 886, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com a alteração nas janelas de semeadura da soja para a safra 2023/2024 nos Estados da Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina. A medida atende a uma promessa do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que havia garantido que os calendários seriam conforme as particularidades de cada estado.
A versão anterior, publicada em julho, previa períodos mais curtos que os da safra anterior, com apenas 100 dias para o plantio dentro do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). No entanto, a medida recebeu críticas de estados produtores, especialmente na região Sul.
Um parecer técnico encaminhado pelos três Estados do Sul ao Ministério da Agricultura afirmava que a decisão era “arriscada” diante das variações climáticas e de condições de solo para o plantio. O documento diz que a extensão da janela é necessária e viável do ponto de vista fitossanitário.
Por Marcelo Beledeli — Porto Alegre